segunda-feira, 27 de junho de 2011

Está faltando homem!


Está faltando homem sim! Homem com H maiúsculo, como muitos gostam de dizer. Se alguém não concorda comigo, posso explicar. Não estou falando de masculinidade, virilidade, questão esta que os seres humanos que fazem xixi em pé defendem como gladiadores em plena arena do Coliseu. Nada a ver com a opção sexual. O que eu disse (e repito) é que está faltando homem sim: homem cavalheiro, gentleman, lorde, príncipe....

Tudo bem, tudo bem, não estou querendo ninguém empoleirado num cavalo branco declamando uma poesia shakespeariana debaixo da minha janela, não é isso. Longe disso, bem longe...

Não é de hoje que percebo que a correria e o estresse do dia a dia fizeram com que o mais importante de um relacionamento descesse pelo ralo da pia da cozinha: o romantismo. A falta de atenção, de cuidado, de delicadeza é nossa maior carência.

O que falta é um homem que em pleno século XXI ainda se lembre de abrir a porta do carro para você ao invés de ir girando a chave, ligando o motor e gritando ‘vão bora?’. E ao chegar ao restaurante aquele que puxe a cadeira para você sentar antes de ele mesmo se sentar e pedir uma “gelada”.

São coisas simples, bobas aos olhos de alguns, mas que fazem toda a diferença. Que mulher não gostaria de ser chamada de ‘princesa’ numa época em que ‘tchutchuca’ e ‘glamurosa’ ou uma fruta qualquer são os únicos adjetivos que parecem existir? (Se você discorda disso é porque realmente NUNCA foi chamada de ‘princesa’, senão você entenderia)

Chorar vendo uma comédia romântica. Desejar receber um lindo buquê de flores surpresa – ou um simples botão – num dia qualquer (e não de um em um ano quando se completa aniversário de namoro). Suspirar por um personagem perfeito como o Edward (ele só não é mais perfeito porque não existe de verdade)... Essas são coisas que deveriam ser entendidas facilmente e não questionadas e taxadas como bobagem. Afinal de contas é só isso que nós queremos, não é mesmo? A vida é tão curta para desperdiçarmos com pouca coisa...

Desde que me entendo como gente, ou melhor, desde que comecei a perceber que existem mais diferenças entre meninos e meninas além de itens físicos é que escuto os homens dizendo: “Mulher é um bicho muito complicado.” Esta é uma das maiores mentiras que eu já ouvi na vida. Além de serem eles os complicadores da história, o que não falta hoje em dia são livros, revistas, almanaques e muitos outros guias que exploram o universo feminino e suas particularidades. Bobos são eles de não consultarem um.

Eu poderia enumerar aqui o que as mulheres realmente esperam de um homem ou de um relacionamento, mas só isso já é assunto para um futuro post.

Não são poucos os livros de auto-ajuda que existem por aí que enumeram o que devemos e o que não devemos fazer, por que os homens são assim e as mulheres são ‘assado’, por que eles fazem isto e elas aquilo, etc, etc, etc... É só ir a uma livraria que você vai ver o tamanho da prateleira desta seção.

E tenho que confessar uma coisa: eles ajudam! Estou falando sério, ajudam sim. Além de nos ajudar a abrir nossos olhos para um monte de coisas legais e interessantes, ajudam a nós, mulheres, a perceber que quem realmente precisava ler tudo aquilo são eles, os homens.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

O que de bom você vai deixar?


São tantos os questionamentos que gritam em minha mente...

Não sei se estou sabendo viver, aproveitando meu tempo como deveria. A vida é tão curta, tão dura, o tempo passa tão depressa que às vezes penso que eu poderia mais.

Eu queria mais. Mais conversa, diálogo e menos distância, mais sentimento e menos descaso, mais paciência e menos irritação, mais carinho e menos indiferença...

Acho que o que falta ao ser humano é amor. O amor puro, sincero, simples, singelo. Nada carnal, passional, e sim, fraternal. Um amor sem apegos, sem cobranças.

Talvez a culpa de tudo isso seja de uma pequena máquina que trabalha sem descanso, que não dá trégua, que é implacável.

O relógio, o senhor do tempo, é impiedoso. Suas preciosas voltinhas fazem com que os minutos nos pareçam soldados romanos prontos para nos atirar aos leões em pleno Coliseu.

E o pior de tudo isso é que as pessoas não se dão conta de que a vida está passando. O dinheiro, ou a falta dele, mascara nosso cotidiano, ocupa nosso dia-a-dia, apodera-se de nossas almas. Faz com que nos esqueçamos do que realmente é importante.

Hoje somos seus vassalos, escravos, prontos a servi-lo. A eles, na verdade – ao tempo e ao dinheiro – pois eles estão unidos, aprisionando-nos numa busca incessante e diária de se ter sempre mais.

Queria eu ter o poder de parar o tempo. Há tanto para se fazer, para se viver... Talvez umas cinco ou seis vidas a mais ainda não seriam o suficiente.

Tente parar por um dia sua rotina. Isso mesmo, pare com tudo! Desligue-se por vinte e quatro horas. Aproveite para escutar os pássaros, sentir o perfume das flores, admirar a beleza do firmamento, conversar com as estrelas. Pise na terra, aprecie um belo sorriso e retribua-o! Olhe nos olhos, acaricie, sinta...

Sabe quanto tudo isso custa? Nada, ou melhor, custa a sua vida, pois depois que não houver mais olhos para admirar, sorrisos para apreciar, ouvidos para escutar, você não terá mais nada.

Fazemos de pequenas “pedras” obstáculos intransponíveis. Culpamos o destino por nossa falta de coragem, de superação, por nossos fracassos, sendo que os únicos culpados somos nós mesmos que nos limitamos.

Pare de se lamentar sobre o que não foi feito. Já sabemos que isso não resolve, mas mesmo assim insistimos em gastar energia e tempo (tão precioso!) com lamentações. Precisamos viver, precisamos saber viver.

O que passou não volta. Mas não deve ser esquecido, não mesmo! Deve ser lembrado com saudades, na certeza de que foi uma dádiva ter acontecido, vivenciado, conhecido, estado junto, amado. Se o tempo tudo cura, deixe para ele a tarefa de cicatrizar as feridas, mas enquanto isso, não deixe de viver.

Viva enquanto é tempo. Viva sem medo de ser feliz; viva intensamente. Ame intensamente! E um dia, quando lhe perguntarem o que de bom você fez, com prazer, você vai poder dizer: eu soube viver!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Razões


Você já parou para pensar o que realmente te dá prazer?

Poucas coisas me dáo tanto prazer quanto escrever. Sempre senti algo pulsar mais forte em minhas veias quando estou com um lápis na mão diante de uma folha de papel em branco.

Durante muito tempo alimento meu sonho de me tornar uma grande escritora. Sonho e imagino transformar muitas vidas como alguns dos grandes escritores transformaram a minha

Quem não tem o hábito da leitura não imagina o quanto podemos ir longe, viajar, quando estamos lendo um livro. Eu viajo mesmo, deixo-me levar pelas palavras, materializo cada detalhe descrito.

Às vezes pareço doida aos olhos de quem me vê com um livro nas mãos, pois choro com o sofrimento de alguma personagem e também sorrio, chegando às vezes a gargalhar ao imaginar o que meus olhos decifram.

Às vezes imagino-me sendo uma delas. Não foi uma nem duas vezes que prendi a respiração junto com a Bella ao ser beijada pelo Edward. E quando ele a pediu em casamento? Eu disse sim!!! (antes mesmo de saber a resposta dela).

Você já pensou o que seria do mundo sem os escritores e seus livros? Imaginem se Shakespeare não tivesse feito Romeu dizer a Julieta, debaixo de sua janela, para chamá-lo apenas de amor, já que seu nome o fazia inimigo... Ou ainda se não tivessem dado o poder a Sherazade de contar estórias, eu não teria me inspirado e ela estaria mortinha da silva.

Penso que escrever é como montar um quebra-cabeça. Rabisco num canto do caderno hoje, faço algumas anotações outro dia e, seja conscientemente ou por mero acaso, as peças vão se encaixando umas nas outras e quando percebo: está pronto! Simplesmente passado para o papel o que antes habitava meus pensamentos.

Por que escrever? E por que não escrever se tudo vem à minha mente como uma avalanche de palavras? São pensamentos que às vezes acho que não são meus de verdade. Devem ser do Universo que são sussurrados em meus ouvidos pedindo para serem escritos.

Abençoado o ser humano que inventou a escrita. Escrever é muito bom, é dar vida a pensamentos e sentimentos que antes eram só nosso. É fazer o outro inventar conosco, pois quando você lê você imagina, você cria e recria o que antes foi pensado pelo autor.

Muitas vezes me pego a reler meus próprios escritos mais antigos, coisas tolas passadas para um simples pedaço de papel e penso: uau... será que fui eu mesma que escrevi isto?

E é por isso que aqui estamos – eu rabiscando bobagens e você lendo-as. E é por isso que vocês ainda lerão muitas coisas que hei de escrever.

Desculpem se lhes chateio com minhas divagações e devaneios, mas eu preciso escrever, contar o que sei, o que eu quero que vocês também saibam e o mais importante – dividir com vocês o que se passa dentro do meu coração.

Tenho certeza de que vocês não vão se arrepender! Porque um pouco de mistério e magia não faz mal a ninguém...

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Por que.......


Por que na vida da gente as coisas sempre têm que ser difíceis? Ou será que é só comigo...

Há alguns dias que me bate uma tristeza que não sei de onde surge. A vontade de chorar aparece e nem sempre as lágrimas podem rolar. Seja porque estou num local impróprio ou porque tem alguém por perto. E a pior coisa num momento como este é escutar o que não queremos como “por que você está chorando?”, ou “o que aconteceu?” Por vezes só o que desejamos é ser ouvidos, mas as pessoas não entendem isso e mesmo sem você pedir já despejam conselhos e julgamentos...

Falar o que se passa dentro da gente com outra pessoa é muito complicado. É por isso que eu escrevo. Faço isso porque uma folha de papel e um lápis nunca irão julgar meus atos, nem irão dizer se estou certa ou errada. Eles apenas aceitarão o que tenho para dizer (ou escrever) e isso às vezes basta. Nem que seja naquele momento de desabafo. Pode ser que mais tarde eu mesma me crucifique ao reler o que um dia passei para o papel, mas talvez a dureza daquelas palavras não machucarão tanto quanto na ocasião em que foram escritas...

Se respiro vinte e quatro horas por dia, penso vinte e quatro horas por dia, amo vinte e quatro horas por dia e sinto falta as mesmas vinte e quatro horas.

Se fosse fácil esquecer, eu já teria esquecido...

Se fosse fácil superar, eu já teria superado...

Se fosse fácil “partir para outra”, eu já estaria em outra...

Mas não o é. E o meu maior medo, conhecendo meu coração como eu já o conheço, é nunca conseguir esquecer, superar e partir para outra. E viver enganando a mim mesma e a outras pessoas que porventura aparecerem no meu caminho.

E por quê é que tem que ser assim? Não poderia simplesmente dois corações que um dia aprenderam a ser amar, amarem-se para sempre? Por que tem de haver dúvidas, medos, incertezas... ?

Por que a distância, se quando próximos a eletricidade dos dois corpos faz o coração acelerar, a respiração ficar ofegante, a pele arrepiar, os lábios abrirem-se num delicioso sorriso, as mãos ficarem suadas, a mente viajar, as palavras fugirem, o tempo parar...

Por que perder tempo pensando em “se” e mais “se” e outros “se”, quando sabemos que a vida passa rápido demais e não vivemos intensamente o bastante para ser suficiente para uma só existência e mesmo sabendo deste fato não aproveitamos os momentos bons ao lado de pessoas realmente importantes... pena que muitas das vezes só nos damos conta disso quando já não podemos voltar atrás e fazer de novo.

Mas, enquanto não eu não puder sentir novamente aquele arrepio na espinha depois de um carinho, enquanto não sentir um frio na barriga depois de um beijo, enquanto este dia não chega, cá estou eu confessando minhas lamúrias...