quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Eu só queria...


Às vezes...
Às vezes eu realmente queria aprender a viver sem você...
Principalmente depois que certas coisas chegam aos meus ouvidos...
Queria o beijo dela não fosse melhor que o meu, porque assim você não iria precisar e querer experimentar outros...
Queria que o meu beijo fosse o melhor de todos, pois aí você iria querer sempre se deliciar somente nos meus lábios...
Queria que nosso encaixe fosse tão perfeito pra você a ponto de você não procurar outra...
Mas ao mesmo tempo, queria que não fosse tão perfeito para mim, porque assim seria mais fácil desistir de você...
Queria que o meu perfume fosse tão inebriante para você a ponto de ser o único que você desejasse sentir...
Mas ao mesmo tempo queria que o seu não fosse tão viciante para mim...
Queria que seu toque não fosse tão quente... 
Queria que meu coração não batesse tão forte quando te vejo... Pois aí seria mais fácil ficar tanto tempo sem te ver...
Queria que sua boca não fosse tão macia, porque aí seria mais fácil aceitar que agora você beija outra boca que não é a minha...
Queria que meu olhar fosse tão penetrante a ponto de você só ter olhos para mim e mais ninguém...
Queria que minha presença fosse tão marcante para você quanto a sua é para mim; quem sabe assim, as investidas delas não teriam sido recompensadas...
Queria que minha voz fosse música para seus ouvidos, assim como a sua é melodia para os meus...
Queria que seus braços só abraçassem o meu corpo e não o dela...
E ao mesmo tempo, queria que seu abraço não fosse tão aconchegante, porque aí seria mais fácil desacostumar dele...
Queria não sentir a saudade que eu sinto...
Queria não pensar em você todos os dias...
Queira não sentir o que eu sinto, na intensidade que é sentido... Principalmente depois de saber que virei passado e você já tem outra presente...
Queria não precisar de você, pois estou percebendo que você já não precisa mais de mim na sua vida...
Queria não lembrar todos os dias dos momentos mágicos que perdi o fôlego ao seu lado, porque aí sua ausência doeria menos...
E queria não ter ficado sabendo de nada...
Às vezes, eu queria até mesmo esquecer que um dia te conheci, para não sentir a dor da rejeição... A dor de saber que ela conseguiu te ter... Mas eu sei que me arrependeria até o meu último dia de vida...
Pois, por mais doloroso que possa ser saber de certas coisas, não trocaria a minha vida por outra onde você não existisse...
E por isso mesmo que queria que você se apaixonasse novamente por mim, porque aí poderíamos viver novamente todos os momentos maravilhosos nos braços um do outro... e que não foram poucos...
Queria novamente poder ouvir sua voz rouca e sexy todos os dias pela manhã me desejando um boa dia... porque ele sempre ficava bom...
Queria ouvir novamente "eu já disse que te amo hoje?" todos os dias... Eu me sentia tão segura, tão amada...
E queria que você me desejasse novamente como na primeira vez que seu corpo reagiu ao meu...
Porque aí, talvez, eu seria suficiente para você; talvez você iria me querer e a mais ninguém... Nem ela...
Você não amaria sem ao menos conhecer outra mulher; você não deixaria outra sem ter o que dizer...
Só eu "seria o seu número" (como já fui um dia)...
Eu queria ser a sua escolhida e me sentiria honrada por isso...
Queria que você me escolhesse para viver o resto da vida ao seu lado...
Queria que você não conseguisse viver sem mim, como eu não consigo viver sem você...
Queria que a eternidade fosse pouco para nós dois...
Queria que você tivesse orgulho de me ter ao seu lado e mostrar para todo mundo que sou eu quem você quer e mais ninguém... Nem ela...
Queria que não houvesse dúvidas, que não houvesse incertezas... 
Queria que a única certeza fosse eu e você, você e eu e mais ninguém...
Queria que você fosse o primeiro, o último, o único na minha vida...
Queria que você me escolhesse para ser a última na sua vida também...
Queria que além do respeito e da gratidão houvesse amor e paixão sem fim...
Queria que não houvesse segredos entre nós...
Queria que aquele sorriso que vi no seu rosto outro dia tivesse sido por minha causa e não por causa de outra...
Queria poder te fazer feliz, sem restrições e queria ser feliz com você e mais ninguém...
Queria que meu nome estivesse tatuado no seu coração como o seu está no meu...
Às vezes, eu acho que eu quero muito... mas às vezes eu acho que quero pouco...
A verdade é que eu só queria ter você novamente só pra mim...

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Só hoje...



Bom, mexendo nas minhas coisas lá em casa ontem, achei um texto escrito há exatos nove anos. É um daqueles textos que podemos classificar como "atemporal", pois passam-se os anos e ele continua atual, verdadeiro. E gostaria de compartilhá-lo justamente hoje, 17/06/2013, pois ele por si só explica o motivo de minha homenagem no post logo abaixo. Se você já leu este texto, leia novamente, vai valer a pena...

Quebra-cabeça


"Há coisas que nos surpreendem pelo modo como acontecem. Jamais pude imaginar que eu um show de música sertaneja, no meio de milhares de pessoas, depois de ter estado em tantos lugares, eu iria encontrar, ali, escondido entre tantos rostos, o homem da minha vida.

Foi algo inesperado. Dei carona para alguém que, depois de quase três meses, estaria de vez na minha vida.

À primeira vista, chamaram-me a atenção somente para um físico bonito, interessante, que ia e vinha entre a multidão. Mas, naquela mesma noite, algo mudou dentro de mim. Alguma coisa atingiu bem lá no fundo do meu coração e ele, aos poucos, foi despertando.

Os dias foram se passando e eu vi que algo sério estava acontecendo. Aquela 'coisinha' que me acertou profundamente fez um 'estrago' muito maior do que eu havia imaginado.

Eu estava me apaixonando e não sabia. Quando me dei conta de tal fato, procurei esconder; não queria mostrar a ninguém o que já estava praticamente na cara. Guardei só para mim.

Sozinha, comecei a 'mexer meus pauzinhos'. Você, indiferente e na época compromissado, nem me deu bola. Eu, já apaixonada, tentei, aos poucos, expor meus sentimentos.

Foram várias as oportunidades que tivemos de conversar e vi que, na verdade, não era só um corpinho bonito. Era muito mais: tinha o sorriso, a simpatia e tantas outras qualidades que me enfeitiçaram. No ínicio, achei que minhas tímidas investidas não estavam dando resultado. Mais tarde vi que estava enganada.

Numa certa noite de domingo começamos a 'montar' nossa história. Foram as minhas melhores horas diante de um computador. De um lado da tela eu, apaixonada e ansiosa; do outro lado, você, brincalhão e maravilhoso, que tirou meu sono e meu esperanças. Nesta mesma noite, juntos, montamos um quebra-cabeça.

Não foi preciso mais do que vinte quatro horas para nossos lábios se tocarem pela primeira vez. foi apenas um beijo, tímido, rápido, escondido, mas um beijo que marcou duas vidas: a minha e a sua.

Depois de muitos medos, desencontros, incertezas, fofocas e alguns meses, juntamos todas as peças e nos tornamos namorados. Tive medo de me envolver, de tomar a decisão errada, de não dar certo e me machucar, de sofrer... Mas eu estava errada. E vi que demorei muito para deixar que a felicidade entrasse na minha vida: VOCÊ!

Hoje, passado dois anos do dia em que o amor tocou os meus lábios através dos seus, depois de muitas indas e vindas, algumas brigas e muitos momentos encantadores, sei que meu amor não é o mesmo. Cresceu e continua crescendo a cada suspiro do meu dia.

Hoje minha vida só tem sentido porque você faz parte dela. É maravilhoso poder acordar depois de sonhar com você e saber que naquele dia eu vou poder te ver, te abraçar...

São dois anos de muita magia. Sempre sonhei com um príncipe encantado e vocês está tornando meus dias mais mágicos que um conto de fadas. Sinto-me muito feliz ao seu lado e tento retribuir essa felicidade, o carinho e a atenção. às vezes erro na dose e te sufoco, eu sei, mas é porque eu tenho muito amor por você e só quero o seu bem.

Sei também que em algumas vezes não fui muito correta com você, te magoei, te chateei e disse ou fiz coisas que não foram muito legais. Bem, sei que isso já é passado, mas não me custa nada lhe dizer mais uma vez: me desculpe. Por tudo o que eu já tenha feito que não te agradou.

A partir do momento em que te dei a chave do meu coração, me comprometi a te fazer feliz e é isso que busco diariamente:  a nossa felicidade.

Amor da minha vida, te agradeço por ter estado ao meu lado nestes dois anos, me dando força e carinho. Obrigado por ter me escolhido como sua namorada e, principalmente, obrigado por me amar.

Tenho certeza que o nosso amor só tem a fortalecer daqui para frente, desde que não deixemos ninguém de fora atrapalhar nossa felicidade. Só depende de nós para dar certo. E se for da vontade de Deus, vou te fazer feliz eternamente."

"I hope you don't mind
That I put down in words
How wonderful life is
While you're in the world."
                            Música Your song - Elton John

Tradução: Eu espero que não se importe que eu tenha colocado em palavras o quão maravilhosa é a vida enquanto você está nela.








sexta-feira, 14 de junho de 2013

E hoje eu sei...



Hoje não vou me importar com o que vão dizer ou o que vão pensar...
Podem me julgar que eu não ligo. Hoje não.
Porque hoje tá doente e não é pouco não. Ainda não aprendi a isolar esse sentimento.
O pior da verdade é que eu não quero, não mesmo...

E completamente sem inspiração, ou com inspiração demais, hoje eu vou simplesmente postar um texto que hoje fez muito sentido para mim. Ele conseguiu traduzir todo o meu sentimento no dia de hoje. Se fosse para eu escrever hoje acho que não sairia boa coisa...

Depois de ver coisas que eu não queria ver, perceber coisas que eu não queria perceber (redes sociais são uma merda!), hoje eu acho que os verbos que me traduzem são os do passados... eu fui, eu era... Mas vendo o que eu vi, hoje eu não sou mais...

E com isso, hoje eu sei qual é a dor que dói mais...


A DOR QUE DÓI MAIS
Martha Medeiros

Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.


Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa. Doem essas saudades todas.


Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o escritório e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.


Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua pintando o cabelo de vermelho. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi à consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango assado, se ela tem assistido às aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua surfando, se ela continua lhe amando.


Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.


Saudade é não querer saber se ele está com outra, e ao mesmo tempo querer. É não querer saber se ela está feliz, e ao mesmo tempo querer. É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim, doer.



*Nem Verissimo, nem Jabor, muito menos Miguel Falabella. A autora do texto sensacional acima é a escritora gaúcha Martha Medeiros. Foi publicada originalmente no dia 20 de Julho de 1998 na coluna que ela mantinha no site “Almas Gêmeas”. Posteriormente alguém acrescentou alguns itens ao final do texto e creditou-o ao Falabella. Daí a virar Verissimo e Jabor foi um passo. Aliás, é só um texto dar uma voltinha pela net que já vira Verissimo e Jabor quase que automaticamente. Incrível. Como quase todos os textos surrupiados, este também foi mutilado e distorcido, tendo mais de uma versão em circulação (o que me leva a crer que nem tudo acontece tão “sem querer” quanto a gente prefere acreditar). Acima, vocês leram o texto original, assinada pela autora no Almas Gêmeas (http://autordesconhecido.com.br/?p=29)

terça-feira, 2 de abril de 2013

Será que ainda tem jeito???



O MUNDO REALMENTE ACABOU E VOCÊ NÃO SE DEU CONTA!

Qual o valor da vida humana? 300 mil reais, um relógio, uma bolsa, um cordão de ouro?
Depois de assistir à “Tela quente” ontem à noite, mais uma vez fiquei pensando na vida. Não foi a primeira nem a segunda vez que vi o filme “Tropa de Elite”. E em todas as vezes, enquanto os créditos vão aparecendo, fico sem reação, apenas sentada, refletindo, revoltada em saber que tudo aquilo é real.
E aí eu me pergunto: onde essa sociedade vai parar??????????????????????????????
Se são os políticos os maiores bandidos...
Se é a Polícia que mata ao invés de proteger...
Se a lei beneficia o ladrão ao invés de puni-lo...
Se ser esperto é mais importante que ser honesto...
Se a educação não deveria ser prioridade em qualquer governo e não o desvio de dinheiro público...
Se reformar o Maracanã é mais importante do que equipar hospitais públicos...
Revolta-me ligar a televisão e saber que um safado como o Feliciano preside os direitos humanos. E desde quando um cara como ele tem alguma ética ou moral para presidir alguma coisa?
Revolto-me em saber que depois de roubar e ficar comprovado o roubo e a cafajestagem, Renan Calheiros é eleito presidente do senado.
Revolto-me ao saber que enquanto muitos brasileiros não têm nem o que comer a presidenta gasta uma fortuna na Itália para ver o papa e dizer a ele que Deus é brasileiro.
Revolto-me ao assistir as lamentáveis imagens das consequências das chuvas em Petrópolis e região serrana do estado do Rio, sabendo que poderiam ter sido evitadas. E o pior é saber que o dinheiro para tal ação foi desviado para o bolso ou para a cueca de algum político safado.
Eu fico com vergonha de jogar papel na rua, de receber um troco a mais no caixa do supermercado, de furar fila... Onde está a vergonha na cara de nossos governantes? Será que não pesa na consciência do Lula ou da Dilma saber que a corrupção que assolou e assola o governo deles é vergonhoso? Será que o travesseiro do Bejani não cobra dele a ação desonesta que o levou para longe da prefeitura não? Será que o José Genoíno, José Dirceu, Antônio Palocci, José Sarney, Paulo Maluf, Vicentão e muitos outros conseguem se olhar no espelho e ficarem satisfeitos com o veem? É imoral pensar que uma pessoa se presta a assumir um cargo público para roubar do povo. Sei que não posso generalizar, mas os justos às vezes pagam pelos erros dos desonestos.
Você já parou para analisar os currículos dos secretários e assessores da presidenta?
 Tire um tempinho para isso...
Se você tivesse uma empresa, será que você os contrataria? Será que Renan Calheiros seria presidente de sua empresa? Ou você escolheria o Feliciano?
Então como podem estar onde estão?
E o que me dizem das estrelas no Mensalão? E das CPI’s? Quantos deles estão presos nas penitenciárias, lugar este onde bandidos devem estar???? Unzinho pelo menos? Acho que não...
Enquanto “ladrões de galinhas” se espremem em celas do sistema carcerário brasileiro, um ladrão figurão, safado e sem-vergonha como o juiz Nicolau, fica em prisão domiciliar em sua mansão por dez anos e só agora resolvem colocá-lo atrás das grades. Para quê, me diz? Na idade em que ele está ainda vai dar é trabalho...
Será que nesses dez anos lhe cortaram a Tv a cabo, o caviar, o champagne, os lençóis de seda...? Será que ele comeu de quentinha?
Não adianta prender. Tem que mandá-lo devolver o dinheiro que ele roubou, só isso. Tem que fazê-lo enfrentar fila do SUS para ir ao médico, tem que fazê-lo viver com um salário mínimo... Aí sim fica tudo certo.
Não adianta mandar para a prisão mais ninguém se o sistema carcerário brasileiro continuar sendo uma graduação da marginalidade. Ao invés de recuperar o ser humano e ensiná-lo a ser um cidadão, o sistema o deixa especialista, doutor em bandidagem.
Quantos crimes que vemos hoje em dia nos telejornais que estão sendo cometidos por bandidos reincidentes? Aí eu me pergunto: se já cometeu um crime uma vez, por quê não está preso ainda?
Sou a favor da pena de morte, da prisão perpétua, do trabalho árduo nas prisões, daquelas bolas de ferro acorrentadas nas pernas dos presos para não fugirem enquanto trabalham... Preso deveria trabalhar duro, para pagar – literalmente – pelo seu crime.
Mas os direitos humanos os protegem de terem as mãos calejadas da lida, de ficarem fedidos pelo suor do trabalho, de se cansarem no serviço...
Mas trabalhar para quê se o governo os sustenta? Na prisão eles têm moradia, comida, banho de sol, atendimento médico, horas livre e ainda recebem um auxílio-reclusão para sustentar a família.
Isso sem falar na grande fatia do bolo social que prefere ser sustentada pelo governo através das bolsas da vida... São tantas vantagens que o governo dá que fica fácil: bolsa família, bolsa escola, vale gás, salário-família, vale-gás, cesta básica... E outros benefícios que fazem a população dependente.
Onde está o bom senso dos “homens da lei” que pagam mais aos bandidos presos do que aos professores e aos médicos e trabalhadores da área?
Se até médico entrou na onda de burlar o horário de serviço com dedos de silicone e matar pacientes em UTI’s virou justificativa de exercício da medicina, então chegamos ao fundo do poço mesmo...
Onde está a união do povo brasileiro de querer uma sociedade mais justa? Este mesmo povo que um dia se reuniu de cara pintada em frente a um congresso manchado pela corrupção? Será que estão todos ocupados votando nos paredões de programas de cultura inútil? Ou acompanhando o campeonato de gracinhas de cachorros? Ou ainda esperando para ver se rola ou enrola?
Não sei...
Mas no dia em que a audiência de um programa educativo que realmente tenha qualidade cultural estiver na frente da audiência dos reality’s show que incentivam a bebedeira e a putaria, aí sim a balança da desigualdade social vai se igualar e a venda dos olhos da justiça será arrancada.
Mas até esse dia chegar, realmente não sei...
E ninguém acreditou que o mundo ia acabar em 2012...
Acabou e ainda não demos conta disso...
Parabéns ao diretor José Padilha pela coragem de retratar a alma corrupta de uma nação. Uma pena que a maioria das pessoas que já assistiram ao filme não consegue perceber que aquele cenário de ficção nada mais é que o retrato da nossa realidade.
É... Deixe-me parar por aqui por hoje... Senão vou começar a acreditar que não vale nem a pena viver.
Mas deixo uma pergunta: E aí, o que você vai fazer para mudar essa realidade?
Mas tome muito cuidado; pense muito bem na sua resposta, pois ela vai selar o seu futuro.
E o futuro somos nós...

sábado, 30 de março de 2013

Eu queria mais...




Quando acontecem certas coisas conosco, a gente se põe a pensar na vida...
E ninguém precisa ficar sabendo quando se tem um papel e caneta em mãos. É uma das melhores maneiras de aliviar o coração.
Se amanhã eu não estiver mais aqui, espero que o que eu tenha feito, por mais insignificante que possa ter sido, não seja esquecido.
A gente não sabe quanto tempo ainda se tem para viver, por isso mesmo que deveríamos aproveitar cada suspiro, cada piscar de olhos, cada batida do coração para realizar tudo o que sonhamos. Beijar quem amamos, dizer o que se passa nos nossos corações, mostrar nossa verdade.
Não sei se tenho mais um dia, um mês, um ano ou mais para viver. Não sei se posso ou devo fazer planos para o futuro. A única certeza que tenho é que quando este dia chegar vou poder “olhar” para trás e ver que amei de verdade. Amei até mais do que eu deveria – eu acho – mas não além do que meu ser amado merecia.
Quando este dia chegar só não vou estar feliz porque eu queria mais. Mesmo que para sermos plenamente felizes às vezes precisamos de alguém ao nosso lado, muitas dessas vezes isso não depende só do nosso querer.
Eu queria poder querer mais, mas isso eu não posso. Posso até querer, mas querer é uma coisa e poder é outra.
É incrível como que de uma hora para outra tudo pode mudar na vida da gente. Uma simples notícia, uma decisão ou um resultado em mãos tem o poder de fazer nosso mundo virar de cabeça para baixo.
Espero que quando a areia acabar de cair nessa ampulheta eu tenha conseguido ter algumas das respostas que faltam para completar meu quebra-cabeça.
Por exemplo: “por quê?”
Esta pode ser uma pergunta simples, com poucas letras, mas cheia de significados.
Será que terei tempo de saber e entender o “por quê”? Será que terei tido uma resposta? Ou será que terei tempo de viver esse por quê?
Gostaria que as decisões tomadas durante minha existência tivessem sido diferentes. Na verdade, eu gostaria de muitas coisas... Gostaria de ter sido suficiente, gostaria de ter sido capaz de fazer alguém realmente feliz, gostaria de ter sido o tesouro, ou a princesa, ou a razão de alguém. Gostaria de ter sido “a escolhida”. Gostaria de ter conseguido fazer o “para sempre” ter dado certo... Mas não consegui.
E de tudo o que eu vivi, o que eu fiz e arrisquei, ficou uma lição: desejar o bem a quem se ama, mesmo que seja com outra pessoa e não com você. E aprendi direitinho: o que eu mais quero é vê-lo feliz. De onde eu estiver, estarei torcendo pela sua felicidade e que encontre alguém que o complete.
Mas quem sabe essa não era minha missão nessa vida, não é mesmo? Vir na Terra, conhecer o significado do amor verdadeiro, mas não vivê-lo até o final...
Tem dia que esse pensamento consola, mas têm dias que os sentimentos atingem fundo nossa alma como uma avalanche e uma saudade devastadora transborda nos olhos.
Queria que não deixasse para dizer que ama quando eu não estiver mais por perto.
Queria que não deixasse para sentir falta quando eu não estiver mais aqui para matar a saudade.
Queria que não deixasse o tempo passar para só depois querer ele de volta e querer aproveitar o que foi perdido para sempre...

Queria ter mais tempo, pois por todo o tempo que eu ainda tiver, no final, ainda terá sido pouco. E aí, quem sabe, quando minha ausência se fizer presente, eu serei alguém realmente importante.