sábado, 4 de fevereiro de 2012


SÓ HOJE...

Tem dias em nossas vidas que são atípicos... aqueles que fazem nossa rotina sair dos trilhos. Às vezes são tão diferentes do que estamos acostumados que viram de cabeça para baixo nosso dia a dia.

Esta semana eu tive um dia assim, diferente. Ou melhor, uma tarde. Sai do trabalho e tirei algumas horas para mim mesma. Fiz coisas que em quase trinta anos de vida eu não tinha feito uma vez sequer.

Aproveitando um cupom de compra coletiva que ia vencer, fui me maquiar. Mesmo sem ter motivo especial ou algum evento para ir. Em plena quinta-feira! Ou eu usava o cupom ou perdia o bônus. Então... lá estava eu (que mal passo um batonzinho) passeando pela rua toda produzida. (comédia demais... hahahaha)

Como era minha tarde de folga, resolvi de última hora radicalizar e resolvi ir ao cinema. Com quem? Sozinha. Loucura? Para mim, pode ser, com certeza.

Quem me conhece bem pode pensar: “você? Ah não, duvido!” Sabendo que eu não gosto de ficar sozinha, que dependo da companhia das pessoas para fazer as coisas, realmente dá para duvidar. Mas é isso aí, eu fui... Até eu fiquei surpresa com minha própria atitude...

Como eu disse, em quase trinta anos, fui ao cinema sozinha pela primeira vez. Companhia só da minha mente, o que para uma escritora de imaginação fértil (e eu me considero uma), foi o suficiente. Quando se está sozinha, dá para prestar atenção em coisas que às vezes já se viu e não reparou.

Podemos não ter consciência, mas existem coisas que já experimentamos, e que, no entanto, nos parece completamente novas quando passamos pela segunda vez. Isso acontece porque passam por nós sem que percebemos. E não percebemos porque estamos tão acostumados a elas que deixamos de dar importância. Como aquele sorriso, aquele olhar, aquele abraço, aquele beijo...

Saí do cinema, andei pelo shopping, passei, comi num restaurante onde nunca tinha ido. Não me preocupei com horário, apenas deixei que o relógio cumprisse seu curso. Aproveitei o momento para ficar na companhia dos meus pensamentos. Foi legal.

Terminei a noite como uma criança, em cima de uma daquelas máquinas de dança (que também nunca tinha brincado, mas morria de vontade). Mas tive que me conter; primeiro porque tinha muita gente olhando e segundo, porque minha pequenina parceira queria monopolizar a glória da brincadeira só para ela. (hahahaha)

Depois de um dia como esses ainda fica um de coisas que eu ainda não fiz e que gostaria de fazer. Viajar até a Itália é uma delas. Passear pelos vales da Toscana, conhecer os monumentos seculares... um dia. Mas também quero fazer muitas outras que não precisam nem de ir tão longe ou gastar muito dinheiro, como, por exemplo, escrever meu livro, dançar a dança do ventre para uma pessoa especial, dormir de conchinha, subir na garupa de um motociclista sem destino certo e ir por uma estrada com o vento acariciando meu rosto e só parar para ver o sol se pondo no horizonte no aconchego de um doce abraço.

Um dia, que sabe...

Com qualquer humor, com qualquer sorriso.... só hoje...